Instabilidade. Essa é uma palavra que costumamos detestar, e que causa ansiedade só de pensar na possibilidade dela ocorrer.

Pior ainda: na Advocacia é impossível evitar a instabilidade, especialmente com tantas coisas que não dependem apenas de nós, mas de terceiros: cartórios, clientes, alterações legislativas, entre inúmeros outros.

No entanto, instabilidade não é necessariamente ruim. É apenas a realidade.

Ouvi um podcast que abordava exatamente esse tema (foi The Jordan Harbinger Show, entrevista com Gabriel Mizrahi), e ele trouxe alguns insights muito interessantes, que gostaria de compartilhar com vocês:

1. Instabilidade é uma constante em nossas vidas. A diferença é como lidamos com esse fato.
2. Instabilidade pode gerar algumas surpresas ruins, mas também surpresas boas (uma promoção, um novo cliente, uma viagem acima da média).
3. Nosso cérebro é programado para buscar a maior quantidade de informações possível, mesmo que desnecessária. A ansiedade decorre da falta de informações, e não do fato em si.
4. Devemos aceitar a instabilidade, e não lutar contra ela. A ansiedade e o sofrimento são ampliados pela resistência aos eventos ruins que ocorreram pela instabilidade.
5. Mesmo aceitando, não quer dizer que devemos gostar do que ocorreu. Devemos, sim, buscar extrair maior quantidade de aprendizados do ocorrido.
6. Aproveite o caminho. Aceite a instabilidade e aprenda a apreciar esse sentimento.

Em resumo, como o Flávio Augusto sempre diz: estabilidade não existe.

O importante é podermos aceitar essa realidade sem lutar contra a instabilidade, adaptando sempre nossos planos e reações de acordo com o que ocorre. Afinal, se a vida fosse 100% previsível, qual seria a graça?